O portão da escola estava fechado quando Adam Lanza, 20 anos, lá chegou na última sexta-feira, 14. Muito antes da tragédia, a diretora do estabelecimento tinha determinado, por questões de segurança, que Sandy Hook estivesse sempre fechada.
O jovem rebentou a fechadura e entrou. A diretora, Dawn Hochsprung, a psicóloga da escola, Mary Sherlach, e a vice-diretora, Natalie Hammond, ouviram o estrondo e foram ver de que se tratava. Só Hammond regressou com vida, embora ferida. Além de Hochsprung, 47 anos, e Sherlach, 56, quatro professores morreram no massacre.
Victoria Soto, 27 anos, foi uma das vítimas. Os relatos sobre a sua ação heróica no dia fatídio correm as redes sociais, mas não é claro o que a professora fez, realmente, para salvar os seus alunos do primeiro ano. Soto terá conseguido esconder as crianças e, dizendo ao atirador que não estavam na sala, foi atingida mortalmente.
Noutra sala, a professora Kaitlin Roig barricou os seus 15 alunos numa pequena casa e banho e disse-lhes que se mantivessem em silêncio absoluto. "Os maus estão lá fora agora. Temos de esperar pelos bons", contou a própria, à ABC News.
Maryann Jacob estava com uma grupo de alunos do quarto ano na biblioteca quando o tiroteio começou. Conseguiu esconder-se num espaço destinado a guardar material e trancou a entrada com um arquivo. Para manter as crianças calmas, deu-lhes papel e lápis para pintarem.
A história de Anne Marie Murphy, professora de educação especial, 52 anos, não pode ser contada pela própria. O seu corpo encontrado também na sala de aulas depois de ter feito de escudo-humano para proteger as crianças.
Rachel D'Avino, 29 anos, trabalhava com os meninos autistas, e foi outra das vítimas mortais de Adam Lanza. O namorado ia pedi-la em casamento na véspera de Natal.
O sonho de Lauren Rousseau, 30 anos, era ser professora. Tinha sido contratada para a Sandy Hook no mês passado para substituir uma docente em licença de maternidade. O sonho acabou em pesadelo na última sexta-feira.
Janet Vollmer sobreviveu. Trancou-se na sala de aulas com os seus alunos do pré-escolar, tapou as janelas e abrigou as crianças num vão entre as estantes e a parede. Leu-lhes uma história enquanto, lá fora, prosseguiam os tiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário