quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Provas de Avaliação Sumativa


Comunico aos encarregados de educação que os vossos educandos realizarão as Provas de Avaliação Sumativa referentes ao 2º período nos dias:


  • Matemática - 4 de Março de 2013 - das 11h às 12h.30m
  • Português - 6 de Março de 2013 - das 11h às 12h.30m
  • Estudo do Meio - 8 de Março de 2013 - das 11h às 12h.30m.
Se tens estudado pouco...

A sério...




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Rios e Serras de Portugal Continental


Os rios 

Os rios são cursos permanentes de água doce.
O rio que vai desaguar noutro rio chama-se afluente. 
Foz é o lugar em que as águas do rio entram no mar ou noutro rio. 
Chama-se nascente o ponto onde o rio nasce, e leito terreno por onde corre. 
As terras que ladeiam o rio chamam-se as margens.

Rios e relevo da Península Ibérica
Os maiores rios que passam em Portugal nascem em Espanha, e são: o Tejo, que vai desaguar a oeste de Lisboa; o Douro, que desagua no Porto; e o Guadiana, que encontra ao mar em Vila Real de Santo António. 
Dos rios que nascem em Portugal, os de maior importância são: o Mondego, que passa por Coimbra e vai desaguar na Figueira da Foz, e o Sado, que entra no mar perto de Setúbal.
Os rios são fontes de riqueza. As suas águas fertilizam as terras por onde passam, facilitam os meios de transporte, servem para abastecimento de água para a agricultura e às populações , dão-nos peixes  e,  na foz servem de maternidade a muitas espécies de água salgada. Através das barragens,  produz-se energia eléctrica. As hidro-elétricas permitem poupar preciosos combustíveis fósseis. A água que cai nas centrais eléctricas produz anualmente uma quantidade enorme de eletricidade. Se não tivéssemos acesso a este tipo de energia teríamos que queimar, por ano, mais 400 milhões de toneladas de petróleo do que já queimamos normalmente. Assim as barragens retêm as águas, dos rios e dos ribeiros, criando gigantescos reservatórios de energia potencial. Quando essa água é libertada, o seu movimento faz girar as turbinas. Estas accionam os geradores que produzem eletricidade e a água volta de novo ao rio. A eletricidade é então levada, por cabos, a todos os locais onde é necessária.
Esquema das turbinas hidro-eléctricas

Alguns dos rios mais importantes.


 
Rio  Sado
O Sado é um rio português, que nasce a 230m de altitude, na Serra do Caldeirão e percorre 135 km até desaguar no oceano Atlântico perto de Setúbal.
No seu percurso passa por Alcácer do Sal. É dos poucos rios da Europa que corre de Sul para Norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo).

Rio Mondego

O rio Mondego nasce na serra da Estrela, a 1425 metros de altitude  e é o maior rio inteiramente português. 
À sua nascente chama-se Mondeguinho porque quando nasce é um pequeno fio de água. Para que o rio Mondego se transforme no maior nascido em Portugal precisa das águas dos seus afluentes, na margem direita tem o Dão e na esquerda o Alva, o Ceira e o Arunca.
Entre a nascente e a foz, as águas do Mondego percorrem cerca de 220 quilómetros. As suas margens, entre Coimbra e a Figueira da Foz, são os terrenos mais férteis de Portugal. É nestas terras que se produz mais arroz por hectare, em toda a Europa.
Outrora, o leito do rio Mondego era bem mais fundo. Calcula-se que nos últimos seiscentos anos terá subido cerca de um centímetro por ano, ou seja um metro em cada século.
Antigamente, o rio Mondego era navegável. Os barcos que vinham do Oceano Atlântico iam até Coimbra e os mais pequenos chegavam a mesmo até Penacova. Em Lisboa, no Museu da Marinha, mesmo encostadinho ao Mosteiro dos Jerónimos, está exposto um barco bastante comprido que navegava entre Coimbra e Penacova. Este barco servia para as mulheres de Penacova virem a Coimbra buscar roupa suja e depois a trazerem lavada e passada a ferro.




Rio Tejo

O Tejo é o maior rio da Península Ibérica. A sua bacia hidrográfica é também a mais extensa na península. Nasce em Espanha (onde é conhecido como Tajo) a 1593 m de altitude na Serra de Albarracim, e desagua no Oceano Atlântico, banhando Lisboa, após um percurso de cerca de 1007 km. A sua bacia hidrográfica é de 80.600 Km² dos quais 55.750 km² situam-se em Espanha e 24.850 km² em Portugal, sendo a segunda mais importante da Península Ibérica depois da do Rio Ebro. Afluentes na margem direita, o Erges, o Ponsul, o Ocreza, o Zêzere, o Maior e o Trancão. Afluentes da margem esquerda o Sever, o Nisa, o Sorraia, o Almançor e o Coina. Nas suas margens ficam cidades espanholas como Toledo e Aranjuez, e portuguesas como Abrantes, Santarém, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo, Sacavém, Almada e Lisboa.


Rio Douro


O rio Douro é um dos maiores da Península Ibérica, com o comprimento de 650 Km. Nasce em Espanha, na serra do Urbião, serve de fronteira entre Portugal e Espanha e desagua no Oceano Atlântico junto à cidade do Porto. Tem numerosos afluentes, e no seu leito construíram-se diversas barragens Hidro elétricas. É no vale do Douro que se cultivam as vinhas de cujas as uvas se faz o vinho do Porto.


Rio Guadiana

O rio Guadiana nasce em Espanha e serve de fronteira entre Portugal e Espanha e desagua em Vila Real de Santo António depois de percorrer 690 Km. Os espanhóis construíram diversas barragens no seu leito, estando prevista do lado português, a construção da barragem do Alqueiva, cuja água se destinará a abastecer o alentejo.

Rio Lima

O rio Lima atravessa toda a região do Minho, nasce em Espanha e desagua no Oceano Atlântico, junto a Viana do Castelo, depois de ter percorrido 130 Km.

Rio Minho

O rio Minho nasce em Espanha e o seu curso estende-se ao longo de 300 Km, desaguando em Caminha. Serve de fronteira entre o norte de Portugal e a Galiza.

Rio Zêzere

O rio Zêzere é afluente da margem direita do rio Tejo. Nasce na Serra da Estrela e é com 220 Km de extensão, o segundo maior rio inteiramente português. No seu leito construíram-se várias barragens para aproveitamento hidro- elétrico, sendo a mais conhecida a de Castelo de Bode.







Palavras Parónimas


Palavras parónimas são palavras com significado diferente que são muito parecidas quer na escrita quer na pronúncia.

Exemplo:

perfeito - sem defeito;
prefeito - chefe.

emigrante - o que emigra ( sai do país);
imigrante - o que imigra ( entra no país).

arrulhar - voz do pombo;
arrolhar - colocar a rolha.

Arrolhar a garrafa
O pombo está a arrulhar

Palavras Homófonas


Palavras homófonas são palavras que têm  mesmo som ( que se dizem da mesma forma) mas que se escrevem de forma diferente.

Exemplos:

cegar - perder a visão;
segar - ceifar.

censo - recenseamento;
senso - juízo.

acento - sinal gráfico que acentua as vogais;
assento - objeto em que nos sentamos.

cela - quarto pequeno (cadeia);
sela - assento de cavaleiro.



sela do cavalo

Cela da cadeia

Palavras Homógrafas


Palavras homógrafas são palavras que se escrevem da mesma forma ( mesma grafia) mas que se pronunciam ( dizem ) de forma diferente e que têm significado diferente.

Exemplos:
sede  - vontade de beber água;
sede - local onde está direção.

pregar - martelar prego;
pregar - fazer um sermão.

forma - molde;
forma - feitio.

Pregar um sermão
Pregar um prego

Palavras Homónimas


Palavras homónimas são palavras que se escrevem da mesma maneira (têm a mesma grafia) mas possuem significados diferentes.
Exemplos :

são - verbo ser;
são - adjetivo saudável.

nós -  pronome pessoal,
nós  - nome comum ( nós da corda).

dó - nome ( pena);
dó - nota musical.

cura - nome comum  (padre);
cura - verbo curar.

barata - nome ( inseto);
barata - adjetivo .


barata
T Shirt barata
                                          

domingo, 17 de fevereiro de 2013

História de Portugal XVI - Conquistas e descobertas


Durante o século XV, vários navegadores descobriram novas terras, onde colocavam um padrão, que marcava o território como sendo de Portugal.

Padrão

Com o passar dos anos e o desenvolvimento da navegação os Portuguese foram chegando cada vez a locais mais distantes.

Datas e descobertas principais 

1415 - Conquista de Ceuta, marcou o início dos descobrimentos Portugueses.
Ceuta ( norte de África)
Tomada da cidade de Ceuta


1419 - Descoberta de Porto Santo por João Goncalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira.
Ilha de Porto Santo

1420 - Descoberta da Madeira por João Goncalves Zarco,  Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo.
Ilha da Madeira
Descobridores da Madeira


1427 - Descoberta dos Açores por Diogo Silves.
Arquipélago dos Açores
Diogo Silves


1434 - Passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes.
Cabo Bojador
Viagem de Gil Eanes
Gil Eanes
1488 - Passagem do Cabo das Tormentas (que passou a chamar-se Cabo da Boa Esperança) por Bartolomeu Dias.
Cabo das Tormentas
Bartolomeu Dias
Viagem de Bartolomeu Dias
1498 - Descoberta de Caminho Marítimo para a Índia  por Vasco da Gama.
Caminho marítimo para a Índia
Chegada à Índia
Vasco da Gama



1500 - Descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
Viagem de Pedro Alvares Cabral
Os índios do Brasil
A primeira missa nas terras de Vera Cruz
Pedro Álvares Cabral
1519 a 1522 - Primeira viagem de circum-navegação (à volta do mundo) por Fernão de Magalhães.
Viagem de Magalhães
Fernão de Magalhães

História de Portugal XV - A expansão marítima



Porque é que se deu a expansão marítima ?

No século XIV, Portugal atravessou uma grave crise económica.
Para  combater e ultrapassar essa crise , os Portugueses iniciaram a expansão marítima, procurando noutros lugares produtos que faltavam cá no Reino, assim como melhores condições de vida, novos locais de comércio e novas riquezas.

Por outro lado, os Portugueses, como cristãos, pretendiam divulgar a fé cristã nos locais aonde chegavam.


Quem foi o impulsionador dos descobrimentos Portugueses ?

O grande  impulsionador dos descobrimentos foi D. Henrique, um dos filhos de D. João I.
Foi ele que organizou viagens de exploração com cosmógrafos, cartógrafos e navegadores.

D. Henrique - O navegador




Informação adicional:
Cosmógrafo - Especialista em cosmografia, no estudo do cosmos.
Pedro Nunes

Cartógrafo -  Indivíduo que trabalha na confecção de cartas geográficas ( mapas).

Carta/ mapa
Navegador - Aquele que navega, que está habituado a navegar, que sabe navegar.

Porto de Lisboa no século XV


História de Portugal XIV - A Dinastia de Avis

                                               
A Dinastia de Avis, ou Joanina, foi a segunda dinastia portuguesa e existiu no período de 1385 a 1581/1582.
Teve início no final da crise de 1383-1385, quando o Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho bastardo de el-rei D.Pedro I, foi aclamado Rei nas Cortes de Coimbra em 1385. Esta dinastia é sucessora familiar da anterior, pois D João I (primeiro rei desta dinastia) era filho ilegítimo do rei D. Pedro I da Dinastia de Borgonha.
Com esta dinastia, inicia-se o período dos Descobrimentos Portugueses.

Em 1383 quando D. Fernando I de Portugal morreu, a sua  única filha, D. Beatriz, casara havia alguns meses com o rei de Castela, pondo-se assim termo a uma série de guerras contra aquele reino, que haviam enfraquecido a economia portuguesa.

D. Leonor Teles, a viúva de D. Fernando, nunca fora bem vista pelo povo e pela nobreza, que a não podia respeitar por ser ela já casada quando o rei, a roubou a seu marido. Mas, sob o reinado de sua filha D. Beatriz, residindo no estrangeiro, cabia-lhe a ela governar o reino como regente até que um filho de D. Beatriz completasse 14 anos, e viesse reinar pessoalmente em Portugal, conforme estipulado no Tratado de Salvaterra, contrato de casamento da princesa portuguesa, entre as coroas de Portugal e de Castela.
Isso desencadeou revoltas populares: as populações recusavam-se a aceitar a aclamação de uma rainha que era mulher de um rei estrangeiro (Castela), não só pelo facto poder vir a dar origem à união dos dois países, mas principalmente pelo ódio à Rainha-Regente, considerada pessoa imoral, a quem não reconheciam por rainha porque bígama e de maus costumes.

Os povos de Lisboa e outras partes do Reino, juntos com boa parte da nobreza, pediram então a D. João, mestre da Ordem de Avis, (filho natural legitimado do rei Pedro I, que aceitasse lutar contra D. Beatriz e o seu marido João de Castela, sendo o aclamado Regente (Regedor e Defensor do Reino).

                                                           D. João I - Mestre de Avis
Fugida a rainha D. Leonor Teles de Menezes de Lisboa, destituída da regência, viu-se obrigada a solicitar ao genro, o rei de Castela (chamado João I) para vir eliminar a revolução, e reinar pessoalmente em Portugal junto com D. Beatriz. Dirigiu-se o soberano castelhano para Lisboa, à testa de grande exército, cercando a cidade por terra, e também pelo rio, com a sua armada.

A burguesia da próspera cidade de Lisboa, assim como muita da nobreza filha segunda, entre muitos outros partidários apenas por ódio a D. Leonor Teles e ao seu amante galego, o conde Andeiro, apunhalado durante a revolução pelo novo Regente, apoiavam a causa do Mestre de Avis. Foi a burguesia de Lisboa, mais rica, logo seguida por outras terras, quem financiou o esforço militar da revolução. Mas parte do clero e das primeiras figuras da nobreza portuguesas, por dever de fidelidade feudal, apoiavam ainda a sua rainha D. Beatriz.

Entretanto, um pequeno exército português, chefiado por D. Nuno Álvares Pereira (que apoiava o Mestre de Avis) vence os castelhanos numa saída das muralhas, em Valverde, arrabalde alfacinha. E o aparecimento da peste nas tropas sitiantes de Lisboa obrigou o rei de Castela a se retirar para o seu próprio reino.

Após algum tempo, outro exército luso-castelhano, por D. Beatriz e seu marido, invadiu novamente Portugal, acontecendo, em Aljubarrota (1385) uma batalha decisiva e perigosa: mas usando a táctica do quadrado e aproveitando as vantagens da colocação no terreno, as tropas portuguesas, em número muito inferior, e chefiadas pelo futuro rei D. João I e por D. Nuno Álvares Pereira, seu condestável,conseguiram notável vitória, que deu que falar na Europa, sobretudo pela utilização pelos portugueses das novas tácticas (as covas de lobo, disfarçadas no terreno aonde manhosamente haviam atraído o inimigo, aonde caíram os pesados cavaleiros castelhanos, e pelo emprego sistemático das ágeis lanças).

Batalha de Aljubarrota - 1385
A paz definitiva com Castela só veio a ser assinada em 1411.
Para assinalar o acontecimento, D. João I mandou iniciar, no local, a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por Mosteiro da Batalha, aonde jazem os príncipes da nova dinastia de Avis, em capela-panteão construída para esse fim.

Mosteiro da Batalha

D. João I casou com D. Filipa de Lencastre ( senhora inglesa), conseguindo assim, uma aliança com a Inglaterra.